Por Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
A Associação Brasileira de Antropologia (ABA), por intermédio da sua Comissão de
Assuntos Indígenas (CAI) vem à público manifestar o seu mais profundo pesar pelos 315 óbitos
de indígenas ocorridos no Brasil até esta data, atingidos diretamente pela COVID-19. A
informação provém da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que criou e mantém
uma rede própria de contabilização de óbitos, que articulada as principais organizações indígenas
regionais e locais no pais. Criaram um sistema autônomo de monitoramento e avaliação dos
efeitos provocados pela pandemia na população indígena, e das condições e razões do ocorrido.
Uma importante iniciativa, visto que tanto a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)
quanto o Ministério da Saúde (MIS), secretarias de saúde estaduais e municipais e as unidades
de atenção à saúde em áreas urbanas têm falhado e até resistido na identificação de pessoas
indígenas nos registros de óbitos do Sistema Único de Saúde (SUS). A pandemia expôs as
vulnerabilidades do sistema de saúde brasileiro e o tipo de compromisso dos gestores públicos de
plantão.
Três estados se destacam dos demais em número de óbitos havidos até aqui: Amazonas
com 145, Pará com 62 e Roraima com 36. Na sequencia está o estado do Maranhão com 13
óbitos, seguido de Pernambuco com 10 e Ceará com 9.
Veja na íntegra:
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