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Foto do escritorGepe Observatório

Janeiro apresentou maior número de novos casos de Covid em indígenas desde outubro de 2020 no Ceará

Escrito por Natali Carvalho / Diego Barbosa, Diário do Nordeste


A incidência da pandemia de Covid-19 entre a população indígena no Ceará voltou a crescer em novembro de 2020. Atualmente, já são 1.452 casos confirmados e duas mortes pela doença. No mês de outubro, foram 50 casos confirmados. Seguido de 58 em novembro, 67 em dezembro e 78 em janeiro deste ano. Os dados são da plataforma IntegraSUS, mantida pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

O penúltimo mês do ano teve um percentual de 16% de casos a mais do que o mês de outubro. Desde essa época, inclusive, o número de confirmações vem apresentando tendência crescente. De novembro a dezembro, verificou-se um aumento de 15,5% na taxa de confirmações. Comparando os números de dezembro de 2020 e janeiro de 2021, o valor chega a 16,4% a mais.

A última atualização do IntegraSUS, às 13h32 desta segunda-feira (22), aponta que, até o momento, fevereiro concentra 52 casos confirmados, 424 notificados e 64 em investigação. Também até a data, 26 indígenas se recuperaram da doença em todo o Estado. Os municípios com maiores números de casos são Caucaia (205), Itarema (205) e Crateús (201).


Legenda: Dourado Tapeba, 59 anos, é uma tradicional liderança indígena do Polo Caucaia. Foto: Kid Junior. Fonte: Diário do Nordeste


De acordo com Neto Witko Pitaguary, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Ceará (DSEI), existem duas razões principais para o aumento de casos nessas datas. A primeira é por uma questão “técnica”. Segundo o presidente, a demora dos resultados e do sistema de informações pode ter sido os responsáveis. O segundo motivo é uma questão social.

Os chamados determinantes sociais, afirma Neto, contribuem para o aumento de casos. “Existe uma vulnerabilidade nas comunidades indígenas. A economia desses povos está parada devido o isolamento social - que é necessário -, mas essas pessoas não possuem amparo financeiro”, detalha. De acordo com Neto, as políticas públicas não chegam de maneira certa nas comunidades, por isso, não existe a possibilidade das pessoas ficarem em suas casas se elas não possuem os itens básicos de sobrevivência: comida e água potável.


Leia na íntegra aqui.

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